23/06/2012
Ficamos
sabendo que de Corozal Town sai um
barco e um avião que chegam à ilha de San
Pedro. Decidimos ir de barco, porque achamos que seria mais emocionante.
Deixamos o carro no hotel e caminhamos até o porto para pegar o barco às 7h da
manhã.
Era um barco
pequeno com capacidade para 30 pessoas nos bancos laterais, mais sacolas,
sacos, mochilas, malas, caixas, fardo de papel higiênico, banana, gato,
cachorro e papagaio. Mal tínhamos espaço para apoiar os pés no fundo do barco.
O percurso é de uma hora e cinquenta minutos. Deu vontade de desistir, mas era
a nossa chance de conhecer a ilha de San
Pedro.
Desembarcamos
na ilha às 8h45, onde está o mangue.
Atravessamos 4 quadras a pé e já estávamos do outro lado da ilha: areia
branca, água transparente esverdeada, veleiros, hotéis excelentes e muitos
turistas. Tomamos um café delicioso numa cafeteria cubana perto da praça e
depois ficamos curtindo a ilha até às 3h da tarde, horário de retorno do barco,
com previsão de chegada a Corozal às
4h50min.
Quando
estávamos no meio do Mar do Caribe, sem sinal de celular, o motor do barco deu
pane. Ficamos 40 minutos à deriva, sob um sol escaldante que só era amenizado
com a brisa do mar e a contemplação da água transparente esverdeada, que
permitia vermos o fundo do mar e a passagem de um ou outro peixe nadando
totalmente alheio ao nosso problema. Olhando o pessoal dentro do barco com toda
aquela tranqueira de bagagens, me senti uma refugiada se aventurando no Mar do
Caribe em busca da “terra prometida do tio Sam”.
Conseguiram
fazer o motor pegar, mas falhando o tempo todo e a passo de tartaruga. Às 5h
começou a se formar uma tempestade a oeste, e temíamos que ela nos pegasse no
meio do mar. Escapamos da tempestade, mas o barqueiro nos jogou num banco de
areia, e o casco do barco arrastou no fundo e balançou. Quando foi possível se
comunicar, chamaram um barco para nos resgatar.
Às 6h30 chegou
um barco menor, e tivemos que nos amontoar mais ainda. Nem observamos se havia coletes
salva-vidas para todos, pois já estava anoitecendo e queríamos chegar o mais
rápido possível a Corozal. A lua apareceu no céu e a noite caiu na
imensidão do mar. Por volta das 7h15 avistamos brilho de luzes no horizonte e
outra tempestade se formando ao fundo da cidade. Desembarcamos no porto por volta das 8h da
noite, cansados, sedentos e esfomeados.
Queríamos
emoção, mas não tanta assim!
E eu que pensei que eles estavam viajando de carro
ResponderExcluirÉ o Dan
ExcluirNossa!! Isso sim que é aventura, não sabia que queriam reeditar o filme do Naufrago...
ResponderExcluirAbraços Junior (do Zico)