segunda-feira, 3 de setembro de 2012


Companheiros da nossa viagem aventura,

Estamos em casa. A turnê pelas Américas foi fantástica; mas bom mesmo foi saber que tínhamos uma legião de amigos nos escoltando com seus recados, votos de boa viagem e abençoando os nossos caminhos.  As mensagens deixadas foram muito motivadoras, pois revelavam que estávamos sendo lembrados com carinho e admiração. Essa energia nos ajudou a enfrentar melhor o desconhecido, o temor em algumas ocasiões, a saudade de casa e a não desistir do nosso objetivo diante das dificuldades encontradas.  Cada comentário foi recebido com alegria e nos deixou revigorados para encarar mais uma jornada, que sempre se apresentava como um desafio sedutor, que nos impulsionava. 

Agradecemos a todos a agradável companhia.

sábado, 18 de agosto de 2012

18/08/2012

Nossos amigos estão alugando o apartamento. Amanhã eles partem para a Costa Rica, e nós, para o Brasil.

17/08/2012

Tomamos café e fomos nos encontrar com Gaston no endereço indicado:
Gaston Etchart*
SamericaXplorer*
Miami, Florida.
U.S.A.
305-386-6076
samericaxplorer@gmail.com <http://nauticaxplorer.imgur.com/>
*Export/Import Adventure Logistics
Motorbikes & Overland Vehicles

Deixamos o carro na bodega, às 10h, no endereço:
LOGISTICS SERVICES
5527 N.W. 72 Avenue
Miami, Florida 33166


Encontramos o paulista, Renato, que foi sozinho ao Alasca de moto. Colocaram a moto dele junto com o nosso carro, no mesmo container, para depois ser levado ao porto com destino ao Uruguai. Depois fomos almoçar com Gaston e finalizar o negócio. Voltamos para casa de táxi (muito caro, quase o preço do aluguel de um carro por dia).
À noite nos encontramos com Ana Lúcia, Bruno e Vitor num restaurante perto de casa, onde se encontravam outros amigos deles.
Agora estamos mais perto de chegar ao nosso destino final, nossa casa.  


16/08/2012
De manhã ficamos em função do contrato para a travessia do carro.  Fomos almoçar com a Ana e depois que ela saiu para trabalhar, aproveitamos o WIFI do restaurante para comprar as passagens para o Brasil pela internet.

Recebemos a confirmação para levar o carro até a bodega amanhã, às 10h e soubemos que há um brasileiro que também quer enviar sua moto para o Uruguai.
À noite Bruno chegou da Costa Rica e fomos jantar com os amigos dele e da Ana Lúcia.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

15/08/2012

Agendamos uma reunião com Gaston no Starbuck Coffee, Miami, para negociar a travessia do carro para  Montevidéu,  Uruguai, uma vez que não podemos enviá-lo para o Brasil devido à burocracia nos portos. Levamos mais de meia hora para chegar ao local e ainda tivemos que esperar mais meia hora pelo agente.
Depois do almoço percorremos os shoppings para fazer algumas compras de última hora, pois a partir de sexta-feira ficaremos sem carro.


14/08/2012
De manhã recebemos o e-mail de Gaston, agente indicado por Luis (que fez a travessia do nosso carro de Cartagena para Colón) e indicado pelo casal do site www.infinitahighway.com  (que está viajando há quase dois anos pelas Américas).

Nosso plano era viajar pelo oeste das Américas e voltar pelo leste, atravessando a Venezuela, Suriname, Guianas, Manaus e Nordeste, mas a situação no México e na Venezuela está muito ruim e não queremos nos arriscar mais ainda. Todos nos aconselharam a evitar esses países.
Amanhã vamos nos encontrar com Gaston e ver o que fazemos.


13/08/2012
De manhã falamos com Juka e Daniel pelo Skype. Não conseguimos ver a Zoê, porque estava na ”escola”. Depois fomos ao supermercado fazer compras e voltamos para casa para fazer o almoço (estamos entrando na rotina com muito gosto). 

Durante o almoço (Ana Lúcia veio almoçar em casa) vimos a nossa netinha no Skype. Está linda, engatinhando rápido e balbuciando.
Ana Lúcia (nosso anjo da guarda) está trabalhando e ao mesmo tempo se informado para saber como fazer para enviarmos o carro para Cartagena.

À tardinha entramos em contato com o agente que despachou o nosso carro de Cartagena para o Panamá, e recebemos a indicação de um agente aqui em Miami.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

12/08/2012

Tomamos café e ligamos o Skype para falar com o Daniel e felicitá-lo pelo Dia dos Pais, mas quem estava on line era a Juliana, na Irlanda. Falamos bastante tempo com ela e o Thaynã. Falamos com o Daniel mais tarde pelo telefone, então, não pudemos ver a Zoê.
Ana Lúcia nos levou para almoçar num restaurante árabe. Depois passeou conosco por  Miami.  Passamos toda a tarde juntos rodando pelos pontos turísticos de Miami, uma das cidades dos Estados Unidos que mais recebe turistas o ano inteiro, não só pela beleza de seu litoral como também pelo clima e por ser um dos grandes centros financeiros do país. Além disso, é um dos mais importantes portos de importação e exportação dos EUA e também um dos portos de cruzeiros pelo mundo.

Fomos ao parque com o Vitor e voltamos para casa à tardinha, depois de tomar um sorvete.
11/08/2012

Há muito tempo não tínhamos um café da manhã e um almoço brasileiros. Enfim, estávamos em família novamente, falando português, rindo, conversando e brincando com o Vitor.
Vitor, Ana Lúcia e eu fomos à piscina de manhã, e mais uma vez pude ver o Vitor nadando e mergulhando como um peixinho na piscina de adulto. Para o almoço, Ana Lúcia preparou arroz com feijão, que estávamos morrendo de vontade de comer.

À tarde eu e ela fomos ao cabeleireiro (eu, quase 5 meses sem entrar num salão), depois, ao supermercado e voltamos pra casa. 
Jantamos e tomamos mais um vinho enquanto o Tadeu e o Vitor viam televisão. Ficamos conversando durante horas. 

domingo, 12 de agosto de 2012

10/08/2012

Saímos de Live Oak em direção a Miami pela Rd 27. A 26km de Tampa, começou a chover forte. Colocamos um “ponto de interesse” no GPS, que nos levou até um shopping, pois era o lugar mais prático para a gente ir comer alguma coisa. Tivemos que esperar a chuva passar, no estacionamento, devido à tempestade forte.  Para piorar, o limpador do para-brisa enguiçou.
Almoçamos e continuamos com chuva (Tadeu conseguiu arrumar o limpador). Desde que voltamos do Alasca, pagamos o primeiro pedágio de U$3,00, a 190km de Miami, mas se fôssemos pela outra rodovia, não havia pedágio. 

Chegamos a Miami sem chuva, por volta das 8h30 da noite.  Fomos direto ao endereço da Ana Lúcia, que nos recebeu com muito carinho, ela e o Vitor.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

09/08/2012
O dia estava nublado e chuvoso. Depois do café, fomos procurar um local para trocar o óleo do motor do carro. Bem perto do hotel tinha uma oficina e aproveitamos para fazer a troca, pois já estava na hora de fazer isso.
Continuamos para o sudeste em direção à Flórida. Passamos o Estado do Alabama, pela cidade de Montgomery (capital) e pegamos a Rodovia 231.
Às 16h45 chegamos à divisa do Estado da Flórida e seguimos pela Rd 10 até Live Oak, onde paramos para descansar.
Há três dias falamos com o Bruno pelo Skype, dizendo que estávamos indo para Miami.  Ele disse que a Ana Lúcia está trabalhando lá nesse momento, e eles nos convidaram para passar uns dias no apartamento deles, em Miami. É muita coincidência!  Primeiramente, nos encontramos em Costa Rica, e agora vamos nos encontrar em Miami.
08/08/2012
Hoje é um dia muito especial.  Estamos longe, mas nosso pensamento está todo o tempo com o nosso filho Daniel, que completa 30 anos.  Tomamos café e ligamos para o Daniel a fim de felicitá-lo pelo aniversário. Depois ligamos para minha mãe.
Continuamos para o sul. O dia estava nublado e mais fresco. Atravessamos os Estados de Arkansas, Tennessee e paramos no Mississipi, logo depois da cidade de Menphis.
Acomodamo-nos no hotel, em Holly Springs, para dar tempo de falar com o Daniel de novo, mas a internet estava ruim.  Fomos até o Mcdonald’s e lá conseguimos falar de novo com o Daniel, mas a Zoê já estava dormindo. Vendo o pessoal reunido na casa dele, deu mais saudade da família e dos amigos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012


07/08/2012
Em Sioux Falls, depois do café, entramos na lavanderia do camping para lavar nossa roupa nas máquinas que funcionam com moedas. Enquanto esperávamos, conseguimos falar com a Juka, a Ju, o Thaynã e o Bruno pelo Skype.

Seguimos para o sul, ainda na Rodovia 29, que passa bem próximo da divisa com o Estado de Nebraska. Os campos de plantações e aglomerados de árvores continuam compondo a paisagem dessa região.
Atravessamos os Estados de North Dakota, South Dakota, Iwoa e entramos no Missouri.  No Estado de Iwoa, vimos um trem, cuja ferrovia passa paralela à auto-estrada,  com uns 2km de vagões. Os trens tiram centenas de caminhões das rodovias diariamente.

Ao sul do Missouri, a vegetação muda. Árvores baixas ladeiam a rodovia.  A partir de Kansas City, pegamos a Rd 49 em direção ao Estado de Arkansas.
Paramos em Pineville, Missouri, uma cidadezinha que fica bem perto da divisa com o Estado de Arkansas.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

06/08/2012

Tomamos café e continuamos para a fronteira com os Estados Unidos através das Grandes Planícies, em direção leste, até Winnipeg, Canadá, e depois sul, para os Estados Unidos.
À 1h40 atravessamos a fronteira do Canadá para os Estados Unidos, na cidade de Emerson. As aduanas entre os dois países são tranquilas. Eles só pedem o passaporte, fazem as perguntas de praxe, nós respondemos e passamos sem precisar fazer revista no carro.  Em menos de 5 minutos já estávamos do outro lado.
Seguimos para o sul, Estado de Dakota do Norte, pela rodovia 29. Durante todo esse tempo no Canadá e nos Estados Unidos pegamos estradas ótimas sem pedágio.  A rodovia 29 passa por dentro de plantações de cereais num percurso de mais de 400km. É impressionante a produção agrícola nos EUA.
Paramos em Sioux Falls para descansar.

domingo, 5 de agosto de 2012


05/08/2012
Levantamos tarde, cansados da estrada. Percorremos 830km pelas pradarias das Grandes Planícies. Essa região era o habitat dos bisões e onde tribos indígenas viviam e os caçavam; hoje, grande parte da área é ocupada por plantações e fazendas de gado.

Nas pastagens há uma grande quantidade de rolos de feno armazenados; e até o mato dos canteiros das rodovias é aproveitado. Grandes celeiros de aço se destacam perto dos campos de plantações.
Mais para o leste começam a aparecer arbustos e algumas árvores.  Da rodovia podem-se avistar patos nadando em pequenos lagos e pássaros voando.  Infelizmente encontramos mais um animal (veado) morto no acostamento.

Paramos em Brandon para dormir.


04/08/2012
Levantamos acampamento por volta das 9h.  Uns 20km depois vimos dois guardas florestais com armas de dardos rondando o parque, onde os turistas acampam e onde também é o habitat dos ursos.

Passamos pelo Stufild Glacier e seguimos para o sul pelo meio do Jasper National Park. O dia estava lindo e quente.  As Montanhas Rochosas, que começam no norte do Estado da Columbia Britânica, são uma maravilha de paisagem.
Depois de passar o Parque Nacional Jasper, Parque Nacional Banff, Parque Nacional Yoho e o Parque Nacional Kootenays, que são de extraordinária beleza, chegamos às Grandes Planícies, em direção leste.  Alguns quilômetros depois está a próspera cidade de Calgary, com mais de um milhão de habitantes.

Continuamos para o sudeste e paramos em Medicine Hat para jantar e domir.


03/08/2012
Saímos do hotel em direção ao sul do Canadá. Entramos na área de descanso do Ancient Trees Park, onde existem árvores com mais de mil anos de idade e uma biodiversidade protegida pelo governo.

As 16h40 entramos no Estado de Alberta em direção sudeste. Depois entramos no Jasper National Park e tivemos que comprar um passe de U$19,60 para ingressar no parque, com permanência de 24 honras. 
A cidade de Jasper fica no meio do parque e é uma graça. Estávamos passeando pela cidade quando vimos um veadinho (animal) comendo as plantas do jardim de um edifício. Como a maioria das cidades pequenas, Jasper tem as casas e os edifícios de madeira, com parede dupla, jardins floridos e floreiras penduradas nas janelas e nos postes.

Os hotéis estavam lotados e os campings próximos também estavam lotados.  Ficamos num camping a 17km da cidade, no meio do parque, com uma paisagem linda.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

02/08/2012

Dirigimo-nos para Barkerville a sudeste.  No posto de gasolina, um canadense nos avisou que há animais na pista e mostrou o amassado na caminhonete dele em consequência de um veado que atravessou a rodovia correndo.
Às 13h40 vimos um alce tomando água na beira do bosque.  Assim que nos viu, ele atravessou a estrada, fugindo de nós.  Chegamos a Barkerville e ficamos lá até às 6h da tarde. É uma antiga cidade de mineração de ouro (1862), que se transformou numa atração turística. Fica a 190km de Prince George, mas vale a pena sair da rota para visitá-la.

A cidade preserva suas origens com casas, hotel, lojas, armazém, padaria, drogaria, joalheria, restaurante, correio, escola, mina, igreja, enfim, são mais de cem construções, tudo preservado e restaurado exatamente como há 130 anos.  Para dar mais veracidade ao estilo e à época da mineração, carros não entram na cidade, e as pessoas que atendem os turistas, inclusive vendedores, garçons e outros atores se vestem a caráter. É uma viagem ao século XIX.  Há apresentação de shows e pode-se passear pela cidade em carros de cavalo.
Hospedamo-nos num hotelzinho aconchegante, em Kreekside, a caminho de Prince George, porque nos arredores de Barkerville não havia mais vaga.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

1o/08/2012

Amanheceu nublado e mais frio. Os esquilos corriam de um lado para o outro entre barracas e motor homes. Saímos de Fort Nelson às 8h20. Duas horas depois começou a chover. Após 200km de viagem encontramos um alce morto no acostamento, provavelmente atropelado por um carro.
Apesar da chuva, paramos para ver a cascata do Bijoux Falls Park, onde as pessoas costumam ir para ver também os pássaros típicos da região.

Percorremos 800km.  A viagem adiantou porque com chuva não dá para parar e curtir um pouco a natureza.
Chegamos a Prince George às 5h30 e nos acomodamos no hotel devido à chuva. Só saímos para jantar, pois estávamos o dia todo na estrada só comendo sanduíches.


31/07/2012
Deixamos Watson Lake às 8h30. Passamos no supermercado, tomamos café no parque da cidade e depois seguimos para o sul. Há placas na rodovia avisando que essa é uma área de bisões.

Uma hora depois encontramos, maravilhados, uma manada de bisões pastando na beira da estrada. Paramos para bater fotos e não percebemos que havia outros atrás de nós se dirigindo para o outro lado do asfalto, onde estávamos fotografando.  Corremos imediatamente para dentro do carro.
O bisão é um animal extraordinário.  Até esse momento só o tínhamos visto empalhado em museus e nunca pensamos que iríamos nos deparar com um deles.  Ficamos rodeados por uma manada. E quando um deles põe o pé no asfalto para atravessar, todo mundo se detém pra ver e, principalmente, para não se chocar com essa montanha de carne e pelo. Um deles chegou bem perto da janela do carro.  Morri de medo.

A rodovia passa pelas margens do Munchoo Lake, de águas verdes devido ao tipo de solo no fundo. É lindo. Uns 50km depois nos deparamos com cabras da montanha.  Essas são mais ariscas, mas conseguimos bater foto.
Por volta das 6h30 paramos em Fort Nelson e acampamos no parque. Várias pessoas vieram conversar com a gente.  A barraca chama a atenção, e as pessoas ficam curiosas também por causa do carro estrangeiro.
30/07/2012

Levantamos acampamento às 9h40. Continuamos na Alaska Hwy, que passa pela floresta do Alasca e Canadá, em direção a Whitehorse (Canadá). Na rodovia há placas avisando a presença de lobos, alces e ursos. É comum ter que diminuir a velocidade para não atropelar esquilos e lebres que atravessam o asfalto correndo.
Em Withehorse visitamos o barco a vapor S.S. Klondike, que era o meio de transporte através do rio Yukon (que fica gelado sete meses e meio por ano). Construído em 1929, como somente transportador de minério, naufragou em 1936. Reconstruído em 1937, foi ativado como transporte também de passageiros e mercadorias.  Quase todo o interior do barco é constituído de peças e móveis originais. Muito interessante também é o filme, que mostra as dificuldades que as pessoas passavam naquela época com transporte.

Continuamos nossa viagem.  Mais ou menos 60km depois avistamos uma ursa atravessando o asfalto com um filhote. Após 100km avistamos ursos comendo frutinhas bem perto do asfalto.
Acampamos em Watson Lake.  Os campings são bem organizados, com banheiros ótimos, ar quente, secador de cabelo, lavanderia e alguns até têm bar e restaurante.

29/07/2012
Despedimo-nos de Verna e Allen Fleming às 9h. Ele nos deu um mapa e ainda deu mais informações sobre onde ficarmos nos próximos quilômetros.

No caminho passamos por North Pole, a 13km de Fairbanks, e entramos na  Santa Claus Lane. É uma cidadezinha que vive o espírito de Natal durante todo o ano. A loja tem tudo o que se pode imaginar de enfeites de Natal. Os objetos decorativos são lindos, mas caríssimos.

Na rodovia Alaska Hwy, batemos foto de uma parte do Trans-Alska Pipeline System, oleoduto que começa em Prudhoe Bay (outro lugar que gostaríamos de ir se tivéssemos um parceiro) e termina em Valdez, de onde é levado para as refinarias da costa oeste.
Às 15h30 entramos no Território de Yukon, Canadá, com diferença de 1 hora. Às 17h30 vimos uma ursa com dois filhotes tentando atravessar o asfalto. Paramos o carro e ficamos de tocaia para bater fotos.

Acampamos em Haines Junction.  Durante o dia estava quente, mas à noite (que ainda era dia) esfriou. A noite não é escura; é mais clara que uma noite de luar.

domingo, 29 de julho de 2012

28/07/2012

Tomamos o nosso café da manhã e fomos visitar o campus da University of Alaska Fairbanks, que, além de oferecer uma abundância de cursos, tem laboratórios e faz pesquisas sobre os mais variados assuntos de interesse da humanidade.
Depois seguimos mais 90km para o norte, conforme orientação dos nossos anfitriões, até chegarmos a Chena Hot Springs Resort, um lugar maravilhoso para se visitar: restaurantes, camping, piscina natural de águas termais, estufa de plantas que abastece o restaurante do resort, passeio a cavalo, sled dog tours (somente quando está frio) e o interessante Aurora Ice Museum Gallery, cuja temperatura é mantida abaixo de zero para preservar as esculturas de gelo que ficam lá dentro. 

Entramos no museu. Há um bar, todo feito de bloco de gelo, onde servem drink em taças esculpidas em blocos de gelo. Em resumo, a gente entra em um magnífico frigorífico que abriga as esculturas lindas, bancos, iglus, lustres, quartos com camas, tudo esculpido em blocos de gelo. O máximo de tempo que se pode ficar lá dentro é 40 minutos, com roupa apropriada que a gente veste na entrada.  A gente sai congelado, mas é lindo estar lá dentro.
Para manter o museu gelado, principalmente no verão, é utilizada energia geotérmica para produzir eletricidade.  


 27/07/2012
Às 6h o sol já estava alto. Deixamos o camping às 7h45 e continuamos para Fairbanks. Passamos pela fronteira do Canadá para os Estados Unidos às 9h, tranquilamente, com um agente aduaneiro muito simpático.

Em alguns trechos da rodovia há obras de manutenção, porque o inverno intenso danifica a pavimentação. Nesses momentos há batedores para guiar os carros até o final do trecho em obras.
A 200km de Fairbanks encontramos um alce atropelado por um carro, na beira da rodovia. Duas horas e meia depois, estávamos em Fairbanks.  Hospedamo-nos no hostal Downtown Log Cabin. Fomos recebidos por um casal de mais ou menos 70 anos, muito simpático, que nos deu um mapa da cidade com os pontos turísticos além de sugestões sobre o que visitar.  Os velhinhos aposentados sempre arranjam alguma coisa para fazer.

De Fairbanks até o Círculo Polar Ártico são apenas 600km de distância. Tivemos vontade de ir até lá, mas precisaríamos de pelo menos um parceiro de carro conosco, pois a estrada não é boa. Além disso, é um local deserto por onde passa somente caminhões e ônibus esporadicamente.
Fomos ao Visitor Centre, cujo pessoal, muito gentil, informa e orienta os turistas, além de oferecer folhetos, revistas e mapas grátis. No local tem um pequeno museu e salas com vídeo mostrando o selvagem Alasca no inverno e suas principais atrações turísticas.

Fairbanks começou sua fundação no início do século XX, e devido à sua importância na II Guerra Mundial, a produção de ouro na região, a construção da Trans-Alaska Oil Pipeline e a expansão da University of Alaska, muitas pessoas procuraram oportunidade de trabalho nesse território distante. Atualmente tem 32.000 habitantes na cidade.

sábado, 28 de julho de 2012


26/07/2012
 De manhã, na sala de refeição, encontramos outros hóspedes que vieram falar conosco sobre a viagem.  Um casal canadense sentou na nossa mesa, e três argentinos, também viajando pelo Alasca de moto, vieram falar conosco.

Nossa viagem continua por terra. Na etapa anterior foram quatro dias de ferry por paisagens inesquecíveis, parando em pequenas cidades: Ketchican, Wrangell, Petersburgo, Sitka, Juneau (paramos um dia) e Haines, nossa última parada de ferry.

Entramos no Canadá novamente às 13h, pois é a única estrada que existe para ir até Fairbanks. Encontramos gente de bicicleta e mochila viajando pela Alaska Highway. Percorremos 500km sem encontrar uma cidade, somente três vilarejos. No último almoçamos.

Nos primeiros quilômetros só tem montanhas com gelo e vegetação rasteira, depois começam a aparecer árvores e pinheiros de pequeno porte e lagos. Às 8h30 passamos por um camping e resolvemos acampar, pois não sabíamos o que encontraríamos pela frente, se havia alojamento na próxima cidadezinha ou se estaria tudo fechado até chegarmos lá.

Fomos deitar à meia-noite e ainda era dia. Mais tarde esfriou e tivemos que entrar no saco de dormir.

quinta-feira, 26 de julho de 2012


25/07/2012
Quando acordamos, às 4h da manhã, já tinha amanhecido.  Saímos às 4h45 para pegar o ferry em direção a Haines para de lá continuar a viagem de carro.  Juneau é a capital do Alasca, mas não tem estrada ligando-a com o restante do país. O transporte é por ferry, navio, barco ou avião.

Na fila para entrar no ferry, um casal veio conversar conosco, curiosos e admirados quando dissemos que estávamos dirigindo desde o Brasil.
O percurso foi de 4 horas e meia, e as paisagens continuam lindas, com mais gelo nas montanhas.  Desembarcamos em Haines, nos acomodamos num hotel de frente para o mar, com um navio ancorado bem na nossa frente.

À tarde saímos para explorar o local.  Há muita gente pescando no lago e no rio. Do carro, conseguimos ver rapidamente um urso chegando à beira do rio e uma águia majestosamente pousada em um tronco na beira do lago.
Estávamos cansados e fomos dormir ainda era dia (10h da noite/tarde)
 

24/07/2012
Ás 4h da manhã o ferry parou em Sitka. Já estava amanhecendo.  O dia estava nublado e com chuva.  Quando fomos tomar café havia muitos passageiros de binóculos observando a selva. Nesse trecho é comum ver ursos, águias e outros animais nas praias (de pedregulho). Perdemos essa parte porque estávamos dormindo. Ficamos na proa do ferry observando tudo a nossa volta, mas não vimos nenhum animal, somente uma águia voando longe.

À tarde apareceram novamente as baleias.  Às 3h45 o ferry aportou em Juneau.  Não tínhamos reserva de hotel, mas conseguimos um bem no centro. Encostadors no píer da cidade havia 3 navios.  A cidade estava cheia de turistas. Acomodamo-nos no hotel e ainda conseguimos visitar o  Mendenhal Glacier.

Comemos uma pizza, passeamos pelo centro e observamos que os estabelecimentos estavam fechando. Era dia ainda e não havia mais ninguém na rua.  Aqui anoitece muito tarde, em torno de 11h, e amanhece muito cedo no verão, por volta das 3h30. A noite é de apenas 4 a 5 horas no verão, que vai aumentando conforme o inverno vai chegando.
23/07/2012

Dormimos bem. O ferry é muito grande e a gente nem sente o balanço do mar. Às 10h30 paramos em Wrangell. A maioria dos passageiros (nós também) foi a terra para conhecer os arredores da cidadezinha. Os moradores são simpáticos. Cumprimentam os turistas com um sorriso e “good morning, hi, hello“. As cidades pequenas têm um clima amigável totalmente diferente das grandes cidades.
Tivemos mais uma parada em Petersburgo às 3h da tarde. Às 5h da tarde avistamos uma orca com o filhote. As baleias aparecem repentinamente e a gente não consegue bater foto. Dá vontade de ficar todo o tempo do lado de fora para admirar a paisagem e esperar alguma baleia aparecer, mas é frio. Meia hora depois apareceram várias baleias na proa do ferry. Nesses momentos todo mundo corre para tentar uma foto bacana, mas é difícil porque elas se afastam do ferry e desaparecem rápido.

Às 7h30 o ferry parou em Kake.  Depois de uma hora zarpamos novamente para o norte.


22/07/2012
Prince Rupert é outra cidade de onde se pode ir para o Alasca pegando outro ferry. Decidimos cortar caminho (2.400km) e fomos nos informar a respeito. Na estação pedimos informação a um casal idoso que estava indo para o Alasca. Eles estão morando lá.

Depois, um casal e duas crianças, que estavam pescando perto da estação, vieram falar conosco quando viram a placa do nosso carro.  Ele foi intercambista do Rotary e morou em Belo Horizonte, portanto, fala português muito bem. A esposa também fala português, e as crianças estão aprendendo. Depois de meia hora de conversa, eles já estavam convidando a gente para ficar na casa deles, se não conseguíssemos pegar o ferry.  
Compramos as passagens e embarcamos com o carro no ferry Alaska Marine Highway, zarpando de Prince Rupert às 6h da tarde. Nesse ponto termina o Canadá e começa outra viagem pelo território americano, o Alasca, igualmente bonito, entre as ilhas e o continente oeste. Há pessoas de várias nacionalidades fazendo esse tour: famílias, jovens, coroas, velhinhos, todos se aventurando no selvagem Alasca, a fim de conhecer a natureza rústica, o gelo eterno, o verão de dias longos, os ursos, as águias, os lobos, as raposas, os amados Siberian Huskies da Ju, e fazendo passeios por lugares inusitados.

A viagem por ferry até Juneau, capital do Alasca, dura 3 dias, então, tivemos que pagar uma cabine com banheiro privado para dormir. Os mais aventureiros, principalmente jovens, levam barracas ou sacos de dormir e acampam no ferry, num espaço reservado para isso.
O ferry navega 600km pelos fiordes que se formam entre as ilhas e o continente, e com sorte, pode-se avistar baleias passando por esse espaço. 

domingo, 22 de julho de 2012


21/07/2012
Entramos na estação do ferry às 5h15 e ficamos na fila até as 7h para embarcar com o carro.  Em Port Hardy, o verão é parecido com o nosso inverno em Floripa. 

O ferry começou a se deslocar às 7h30, conforme o previsto. A paisagem é linda. A floresta de pinheiros parece que emerge das águas.  Uma hora depois o comandante avisou que havia baleias no mar.  Conseguimos vê-las nadando longe e se afastando do ferry (5 andares).
Apesar do dia nublado, a paisagem é fantástica. O ferry passa entre as ilhas da costa oeste e o continente canadense. À medida que nos dirigimos para o norte, começam a aparecer montanhas com gelo nos cumes. Uns 100km depois avistamos uma baleia saltando de dentro da água.

O trajeto de 500km leva 15 horas. Chegamos a Prince Rupert às 10h30. Estava escurecendo.
20/07/2012

Port Hardy é uma cidade pequena, principalmente passagem para os viajantes que fazem a travessia de ferry para Prince Rupert e Alasca.  As principais atrações são passeios de barco para ver baleias e leões marinhos e pescaria, além da beleza natural de praias e lagos. Tendo em vista o tamanho da cidade, há bastantes hotéis e campings.
O dia amanheceu chovendo e ficamos limitados aos arredores como passear pela marina, conhecer a estação de ferry, que fica a 9km da cidade,  conhecer o centro, ir ao restaurante, conversar com as pessoas que nos perguntavam curiosas como chegamos até aqui. Amanhã teremos que acordar muito cedo para fazer o check-in na estação do ferry, às 5h30 da manhã.


19/07/2012
Denny gentilmente fez a reserva das passagens para viajarmos de ferry, de Port Hardy até Prince Rupert.  Saímos do hostal às 9h30.  Para passarmos para a ilha de Vancouver, onde fica Port Hardy, pegamos um outro ferry, que é o único meio de transporte para fazer essa travessia. 

A capital do Estado de British Columbia é a charmosa cidade de Victoria, que fica na ilha de Vancouver,  a 110km de Nanaimo (estação do ferry onde paramos). Decidimos ir até Victoria para conhecer essa famosa cidade, que não exibe arranha-céus fantásticos como Vancouver, mas tem um clima todo especial que se reflete nas construções mais antigas, na tranquilidade das pessoas, nos vasos abarrotados de flores pendurados nos postes da rua, na sua beleza natural com parques, praias e montanhas ainda com picos de gelo.

Na volta, num sinal de trânsito, um casal ficou olhando para a placa do nosso carro e perguntou de onde estávamos vindo. Perdemos mais de 4 horas com a visita à cidade de Victoria e chegamos a Port Hardy às 10h15 (22h15), mas ainda era dia.  Quanto mais nos aproximamos do norte, maiores são os dias e menor é a temperatura.
Nesse percurso a rodovia atravessa uma floresta de pinheiros, e avistamos montanhas que ainda permanecem com gelo.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

18/07/2012

Depois do café, Denny nos orientou como chegar ao Stanley Park; um lugar maravilhoso, uma pequena floresta no meio da cidade, habitada por esquilos, guaxinins, patos, gansos, além das gaivotas que sobrevoam as praias de English Bay, Second e Third Beach, que ficam na borda do parque e que sempre tem gente frequentando.

Dentro do parque há restaurantes, bares, quadras de esporte, pista para bicicleta e um aquário incrível, com baleias, golfinhos, focas, etc. Não conseguimos entrar, porque o estacionamento estava lotado.

Encontramos um grupo de brasileiros fazendo um tour pelos Estados Unidos e Canadá. Conversamos um pouco e nos despedimos. Na volta, passamos pela ponte pênsil Lions Gate, muito parecida com a da nossa cidade, com 1.823m de comprimento. Essa ponte é considerada patrimônio histórico do Canadá e ainda está sendo utilizada para o tráfego de carros; caminhões não podem passar na ponte.

terça-feira, 17 de julho de 2012


17/07/2012
No café da manhã Denny serviu panquecas de banana deliciosas e café com leite. Depois nos orientou para pegar o Sky Train, que passa por cima do tráfego das cidades, com saída de dez em dez minutos. 

Pegamos o trem na Sapperton Station, cinco minutos a pé do hostal, e paramos na Waterfront Station, no ponto turístico da cidade. Caminhamos até a Water Street, famosa por seus restaurantes, lojas e galerias. Essa rua era o centro de Vancouver antigamente e o porto principal por onde circulavam as mercadorias. Nela se encontra também o famoso Gastown Steam Clock, um relógio construído em 1970, baseado no modelo de 1875, que apita a cada 15 minutos.

Passamos a tarde no Canada Place. É um edifício fantástico, onde fica o Hotel Pan Pacífico, onde há exposições, espetáculos e o primeiro cinema 3D do mundo. Os cruzeiros para o Alasca partem do terminal desse edifício. Na água, a gente vê os navios que aportam no terminal, assim como barcos e hidroaviões que fazem passeios turísticos.

 Na volta, pegamos o trem na mesma estação, mas não sabíamos que tínhamos que trocar de linha no meio do caminho.  Paramos na próxima estação e tomamos o rumo certo pra casa.
16/07/2012

Astoria ficou pra trás.  O dia continuou nublado.  Saímos da Califórnia e entramos no Estado de Washington, prosseguindo para o norte. Na estrada a gente vê viajantes de bicicleta, moto, carro e motor home.  É tempo de férias e todo mundo sai de casa. É impressionante a quantidade de motor homes e lanchas nos pátios para vender e alugar. Se os Estados Unidos estão em crise, então gostaríamos de estar nessa.
Às 12h30 passamos por Seatle. É uma linda cidade, centro financeiro, comercial, tecnológico, turístico e cultural do Estado de Washington.

Às 15h30 entramos na fronteira do Canadá. Os agentes são muito tranquilos e gentis. Fizeram algumas perguntas, entre elas se estávamos portando armas, e nos liberaram sem revistar o carro e sem pedir os documentos do carro, só os passaportes.
As montanhas ainda têm gelo nos picos.  No Canadá tudo é muito caro.  Encontramos um hostal bed and breakfast em Westminster (na grande Vancouver), cuja proprietária é um amor de pessoa.  Ajudou-nos com sugestões para visitar Vancouver e deu dicas para chegar ao Alasca e visitar outras cidades interessantes do Canadá.