terça-feira, 19 de junho de 2012

18/06/2012

Acordamos cedo. Fomos os primeiros a entrar no restaurante para tomar café. Ficamos esperando nossos amigos Luiz e Ivone, com quem combinamos ir ao Mercado de Artesania no centro de Havana. Procuramos charutos para comprar, mas são caríssimos.
Depois eles nos levaram a sua casa e nos convidaram para almoçar com a família. Comemos um feijão delicioso preparado pela mãe de Ivone. Desde que saímos do Brasil, ainda não havíamos encontrado uma comida assim saborosa. E o café cubano, depois do almoço, incomparável!

Para fechar nossa estada em Cuba, eles nos levaram até o aeroporto e nos despedimos.  Esperamos que nossos queridos e mais recentes amigos possam ir ao Brasil para retribuirmos tanta amabilidade.

Aterrissamos no Panamá às 17h30, e uma hora depois estávamos voando de novo para Guatemala. Júlio estava nos esperando para nos levar ao hotel, com um sorriso simpático e acolhedor.

17/06/2012
Nosso último dia em Varadero.  Esse paraíso capital que não sabíamos que existia em Cuba. Os hotéis são do Governo cubano agora, mas pertenceram a empresários antes da Revolução de 1959.

Os turistas, os mais abastados e privilegiados que trabalham para o Governo se hospedam nesses hotéis. Há cubanos que conseguem pelo menos entrar nos hotéis agora.  Ficamos no hotel até as 4h da tarde. Pagamos um ônibus para nos levar a Havana Leste onde estávamos hospedados nos dois primeiros dias. Ainda aproveitamos a praia desse hotel no final da tarde. Porém não se compara com a de Varadero.
 


16/06/2012
Inconformada com o descaso da minha reclamação, falei para a Relações Públicas o que aconteceu. Imediatamente nos trocaram para um quarto melhor, de frente para a piscina, e com TV. Funcionou!
A câmara fotográfica emperrou. Logo em Varadero. Batemos fotos com a filmadora, mas a qualidade não é a mesma. De manhã percorremos Varadero num Bus Tour. É outro mundo: hotéis elegantes, campo de golf, restaurantes, marinas com lanchas e veleiros ancorados, muitos estrangeiros.
Do restaurante onde fazíamos as refeições, tínhamos uma vista esplêndida para o mar. Curtimos o restante do dia na praia de areias brancas, coqueiros, muito sol e água deliciosa.

15/06/2012
Luiz e Ivone nos pegaram no hotel de Havana Leste às 9h e nos levaram a Varadero (120km de distância), um balneário com uma cadeia de hotéis para turistas, incluídas todas as refeições e bebidas, especialmente para turistas.  Antes de 2010 era proibida a entrada de cubanos.
Almoçamos com nossos amigos e batemos papo até 2h da tarde. Hospedamo-nos no hotel Kawama, nome de uma espécie de tartaruga que desova nessa praia em determinada época do ano e que está ameaçada de extinção. O hotel está localizado na península e tem frente e fundos para o mar, além de piscinas. A água do mar é a mais transparente que já vimos até agora. Nem na nossa ilha do Campeche vimos água assim.
À noite constatamos que a TV do nosso quarto não estava funcionando. Fui reclamar na recepção, mas a moça disse que não podia fazer nada, porque o último furacão danificou os cabos nessa ala do hotel e não conseguiram mais consertar. Esqueci que estava em Cuba e “rodei a baiana”. Disse que estávamos pagando o mesmo que os outros hóspedes pagaram e que, portanto, tínhamos os mesmos direitos. Quis falar com o gerente, mas disseram que não estava. E não se discute mais.

 14/06/2012
Nossa primeira visita em Havana foi à Praça da Revolução. Há um monumento em memória aos mártires e dois painéis enormes com o rosto de Che Guevara e Camilo Cienfuegos Gorriarán.

Pegamos uma moto-táxi e fizemos um passeio de uma hora e meia pela ciudad Vieja. No Parque John Lennon tem uma estátua dele sentado num banco. Quando chegamos perto para tirar uma foto, um velhinho se aproximou e tirou os óculos de John Lennon. Só os colocaria de novo se pagássemos a ele para tirar foto.
Passamos pelos principais lugares da cidade: Avenida dos Presidentes, Tribuna Anti-imperialista, Hotel Nacional de Cuba, Paseo del Prado, construído em 1772, sob o governo colonial do Marquês de la Torre, capitão-geral da ilha de Cuba, que era então uma das colônias espanholas mais florescentes da América. O seu primeiro nome foi Alameda de Extramuros ou de Isabel II, por se encontrar fora das grandes muralhas que cercavam a cidade de Havana. Na avenida se encontram oito estátuas com figuras de leões feitas em bronze, que parecem guardar o passeio”.(Wikipédia)

Entramos no Bar y Restaurante Floridita, onde Ernest Miller Hemingway costumava ir, e que ainda guarda o estilo de 1940. Estava lotado de turistas. Almoçamos num restaurante não menos antigo e charmoso, muito caro, com música caribenha ao vivo, mas a comida muito abaixo do que esperávamos.
Na Praça Havana, há uma estátua da indígena de mesmo nome, que, segundo nos contou um cubano, foi expulsa de suas terras e assassinada pelos espanhóis. Às vezes tínhamos a impressão de que estávamos dentro de um filme da década de 1950: carros antigos, alguns “inteiraços”,  outros andando sofrivelmente, falhando, caindo aos pedaços. No centro da cidade há prédios suntuosos misturados a prédios velhos, sem pintura, roupas penduradas na janela para secar.
Por volta das 5h pegamos outra moto-táxi que nos levou até a Marina Hemingway, de onde surgiu, da experiência de Ernest Hemingway como pescador em Cuba, o livro O Velho e o Mar (1952), que rendeu ao escritor o Prêmio Pulitzer.  É um condomínio residencial luxuoso, com mansões e seus barcos, veleiros e lanchas ancorados no canal, na frente de casa. Há guardas, e só batemos fotos onde era permitido.

Voltamos para o centro e lanchamos no Café de Louvre, que funciona no andar térreo do Hotel Inglaterra. Antes do anoitecer nos dirigimos à Fortaleza San Carlos de la Cabaña, onde todas as noites é realizada a cerimônia do Canhonaço , ou seja, um tiro que é ouvido em toda a cidade. Isso é uma tradição referente à época em que Havana era cercada de muralhas. Era dado um tiro de canhão às 8h da noite, e as portas eram fechadas. Ninguém saía ou entrava depois desse horário.

 13/06/2012
Já estávamos de pé às 5h da manhã. Encontramos Júlio na estrada, para deixarmos o carro na casa dele. Depois ele nos levou até o aeroporto.  Na entrada da migração, no aeroporto, retiraram tudo que o Tadeu tinha na mochila, até o repelente queriam tirar.  Tive que insistir, dizendo que somos alérgicos, para deixarem passar.
Nosso voo saiu às 10h de Guatemala com escala no Panamá. Daí partimos às 15h50 para Havana/Cuba, chegada às 19h. No aeroporto, eu passei, mas o Tadeu foi retido para revista da bagagem com direito a cachorro farejador e tudo. Fiquei do lado de fora esperando.   Luiz, guatemalteco casado com Ivone (cubana), amigo de Júlio, estava com um cartaz na mão com o nome do Tadeu, pois não nos conhecíamos nem por foto.  Júlio tentou passar uma foto nossa pela internet, mas o arquivo era muito pesado para chegar lá.
Quando coloquei os pés em Cuba nunca pensei que seria roubada. Fui trocar U$500,00 por CUC (moeda que circula em Cuba em substituição ao dólar, usada pelos turistas), o que daria, pagando os impostos, 475CUCs; e na correria não conferi. Imagina! Estou em Cuba, lugar mais “seguro do mundo”. Quando cheguei ao hotel só tinha 445CUCs. Fiquei atônita e indignada.
Na saída do aeroporto, no carro de Luiz, fomos detidos pela polícia. Queriam saber quem nós éramos e por que estávamos com Luiz. Falamos que somos brasileiros e que Luiz é um amigo que está morando em Cuba. Depois de conferirem os documentos dele, passamos.  Paramos na casa de Luiz para conhecer sua família e depois ele nos levou ao hotel.

 12/06/2012
Acordamos muito cedo para irmos ao lago Atitlán (eu já havia conhecido no ano passado), cercado de montanhas e dos vulcões San Pedro, Tolimán e Atitlán. Da rodovia avistamos os vulcões Água, Pacaya e Fuego.
O vulcão Água arrasou a cidade Vieja (próxima de Gautemala) quando entrou em erupção, inundando e soterrando a cidade. Na cratera do vulcão tem um lago. Vieja foi a segunda capital do país, Antigua foi a terceira.
O Fuego entrou em atividade no dia 10 de junho (domingo) soltando lavas e cinzas a 2km de altura. As cidades próximas estão em alerta, incluindo Antigua.
Passamos por Iximché, primeira capital da Guatemala. Paramos no café Rincón Suizo para comer. É um restaurante de madeira rústica, bonito, parecido com as construções da Colônia Suíça de San Carlos de Bariloche, Argentina.
Avistamos Patzicia, que também foi destruída em 1976 por um terremoto. Julio participou da operação de resgate. Mais adiante está a cidade de Sumpango, cujo povo (indígena) solta barreletes (pandorgas enormes, redondas) no dia de finados para enviar mensagens aos deuses.
Almoçamos na beira do lago  e encontramos cinco brasileiros que estavam voltando do Alaska de moto. Conversando, descobrimos que um deles é amigo do Luiz (irmão do Tadeu).

2 comentários:

  1. Que legal está o blogue Edite, realemnte são muitas histórias para contar... Estamos acompanhando
    Beijos
    Junior, Dete e Zico!!

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  2. Olá, amigos,
    Ficamos felizes em saber que vocês também estão nos acompanhando.
    Um grande abraço.

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