27/10/2013
Como
sempre, tomamos café cedo para aproveitar bem o dia. Em seguida saímos em duas
caminhonetes e percorremos várias praias na direção norte da ilha. De manhã
passamos por Playa Guacuco, El Cardón,
Tirano, Parguito, El Água, e El Humo
Almoçamos
em Manzanillo. Queriam cobrar
B$3.000,00 por uma lagosta. No restaurante perto do nosso hotel pagamos
B$440,00. Comemos camarão, que estava no preço dos demais restaurantes.
As
praias são muito bonitas, mas na periferia o lixo é colocado a céu aberto. A
imagem de Hugo Chaves está em outdoor por toda parte assim como a santa
padroeira está em santuários ou exposta em altares. Até no shopping tem santa.
Continuamos
o passeio pelas praias: Puerto Constanza,
Guayacán, Bahia La Galera, onde fica o Fortim de Galera, de onde se tem uma
vista maravilhosa para a praia e as lagunas. Visitamos o forte, batemos fotos e
tomamos café com galletas deliciosas.
Entramos na Bahia de Juan Griego,
repleta de pelicanos, e voltamos para o hotel.
À
noite jantamos num restaurante do shopping. A comida estava saborosa.
26/10/2013
Tomamos
café e ficamos esperando Osni, Classir e Letícia, que foram trocar nossas
passagens de ferry, de hoje para terça-feira, porque resolvemos ficar mais
tempo na ilha. A comida é boa, o
comércio é barato e estamos muito bem instalados de frente para o mar. Osni e
Tadeu contrataram um passeio de barco para hoje de manhã. Apesar do vento, que deixava o mar agitado,
embarcamos; receosos, mas com muita coragem.
Quando o barco deu a partida e começou a nos levar pra longe da costa, as
águas do mar do Caribe pareciam ter se tornado mais revoltas. Todos se
seguravam na borda da embarcação com medo de ser lançado fora do barco. Luiz,
de Manaus, era o mais apavorado de todos. O “déjà vu” veio à cabeça. O que
estávamos fazendo ali num barco pequeno, no mar do Caribe, metidos numa
aventura sem propósito?
Não
conseguimos bater foto, pois a embarcação balançava e a água respingava nas
câmeras. Não conseguimos curtir o passeio, pois as ondas agitadas incomodavam,
e o que parecia ser prazeroso estava se tornando incômodo. Então, voltamos para
a praia do hotel e almoçamos no mesmo restaurante de ontem.
À
noite fomos comer pizza num restaurante cujas mesas ficam no jardim. Pizzas
saborosas, parecidas com as que fazem no Brasil.
25/10/2013
De
manhã fomos comprar passagens de ferry para voltar ao continente da Venezuela. Depois percorremos a rua 4 de Mayo, onde
ficam lojas de marca com mercadorias originais.
Como o bolívar está muito desvalorizado, a gente consegue comprar peças
originais pela metade do preço.
Às
13h nos encontramos para almoçar. Um
motorista de táxi nos recomendou comer lagosta na Bella Playa, no restaurante
do Pablo, de frente para o mar. Comemos
lagostas, porções de camarão e lula, suco, refrigerante e muita cerveja para 11
pessoas. Ficamos surpresos com a conta, ou seja, o equivalente a R$26,00 por
pessoa. Os homens tomaram banho de mar e tudo.
Voltamos para o hotel e ficamos de molho na piscina até anoitecer. Os que estavam muito “borrachos” ficaram no
hotel, os outros foram ao shopping Las Velas jantar e fazer mais umas
comprinhas.
Quando
chegamos, Tadeu e Fernando ainda estavam na piscina.
24/10/2013
Por
volta das 4h da manhã começamos a chegar perto da ilha. Às 4h30 saímos do
ferry, mas Fernando ficou, pois a bateria do carro descarregou. Provavelmente
os faróis ficaram acesos. Um mendigo ajudou a empurrar o carro para fora do
ferry, e o Tadeu fez “chupeta” da nossa caminhonete. Seguimos à procura de
hotel e assistimos ao nascer do sol na praia Punta de Piedra.
Está
acontecendo um Congresso na ilha, e os hotéis estão lotados. Luiz entrou em contato com uma brasileira,
que mora aqui e que consegue hotel para brasileiros. Tomamos café no hotel onde ela estava, mas não havia vaga. Então, fomos para o shopping
esperar o contato dela. Ela conseguiu nos hospedar numa posada de frente para o
mar, com apartamentos de frente para a piscina. À noite ainda deu para fazer um
churrasco na área dos fundos da piscina, quase na praia.
23/10/2013
Às
6h todos já estão levantados. Vamos em direção a Puerto la Cruz pra pegar o
ferry para Isla Margarita. Às 6h25 partimos. A família que conhecemos ontem nos
acompanha: Luiz Eduardo, Neusa, Felipe e Nicolas. Paramos para tomar café e partimos às 7h7.
A
15km de Upata a autopista é larga, ótima.
Não há placas indicando a velocidade máxima. O transporte coletivo é feito numa
caminhonete que leva os passageiros na carroceria sentados em bancos, em pé, do
jeito que der.
Às
9h45 começamos a passar por uma zona perigosa.
Abastecemos em Guayana sem parar no caminho para nada. Pegamos dois
pedágios, mas não tem ninguém para cobrar. Depois passamos pela ponte Orinoco,
bonita, parecida com a de Manaus.
Em
Mano Abajo, os vendedores ambulantes colocam os carrinhos no meio da rodovia
com os carros passando em volta. Na estrada tem placas dizendo: “Pedinte –
Peligroso”. Em El Tigre, justamente onde
recomendaram não parar, pegamos uma fila de carros que nos atrasou mais de meia
hora.
A
temperatura é de 34ºC. Alguns carros que
transitam são tão velhos que não sabemos como ainda se movimentam. De repente
saímos da autopista e entramos numa estrada deserta. Na autopista Anaco – El
Tigre, a 50km de Barcelona, 15h, um policial manda parar a caminhonete do Tadeu
e aplica uma multa porque o passageiro do banco de trás (Osni)não estava usando
cinto de segurança. Uma mentira deslavada para arrancar propina, pois os venezuelanos
não usam cinto nem capacete para andar de moto.
Classir entrou lembrando que os venezuelanos não estavam usando cinto. Quando
perguntei se a multa era só para estrangeiros, ele ficou bravo e disse que
estava nos atendendo por isso não podia ver os outros. Retruquei que eram
muitos sem cinto, e ele se manteve calado com cara feia. Perguntei o que
deveríamos fazer para pagar a multa. Ele disse que teríamos que voltar para um
posto anterior e que levaria mais ou menos 4 horas até nos liberarmos. Insisti para que nos dissesse o que fazer
para devolver o documento do Tadeu e o do carro, mas ele ficava enrolando,
escrevendo num papel e não decidia nada.
Osni entrou na cabine e perguntou se haveria possibilidade de ele pagar a multa para agilizar a nossa viagem. Ele e o outro
policial aceitaram, devolveram os documentos, mas não nos deram recibo.
Às
16h30 chegamos a Puerto La Cruz. Compramos tíquetes para atravessarmos o mar
até Isla Margarita. O ferry que pegamos é horroroso, vende comida estragada e
leva 6 horas para chegar. Partimos às 23h e chegaremos às 5h do outro dia.
22/10/2013
Às
7h30 tomamos café e em seguida nos dirigimos para a aduana. Às 8h entramos numa
fila enorme para abastecer as caminhonetes com diesel. Esperamos só meia hora
porque os turistas têm preferência. Ficamos até às 11h para fazer a
documentação. Quando pensávamos que
estava tudo pronto, mandaram a gente voltar ao Brasil para pegar uma declaração
de que o carro não é roubado (R$27,00), no Departamento de Trânsito do município de Pacaraíma. Fizemos o seguro do
carro, válido por um ano na Venezuela (obrigatório, no valor de 2.000 bolívares
= R$100,00). Almoçamos no mesmo restaurante em que jantamos no dia anterior (o
melhor da cidade, porque nos outros não nos arriscamos).
Voltamos
para a aduana. É incrível a lerdeza dos agentes para despachar os documentos.
Finalmente às 14h30 fomos liberados, mas tivemos que voltar porque erraram a
data do nosso retorno ao Brasil. Perdemos mais de 7h para atravessar a
fronteira.
Quando
saímos da fronteira, uma família entrou na nossa caravana. A estrada no lado da
Venezuela é boa. Atravessamos a Gran Sabana pela Rota 10, 1010m de altitude,
com vegetação rasteira e montanhas ao fundo. A paisagem é linda, com bastante
verde.
Recomendaram
que não viajássemos à noite, porém na vila onde pretendíamos parar, o único
hotel já estava lotado. Tivemos que continuar. A 560km está a cidade mais
próxima, segura, para dormir. Os soldados do Exército nos paravam, recomendavam
cuidado e nos informavam em que pueblos
(aqui também tem reservas indígenas) não poderíamos parar. Passamos por um pueblo à noite, que dava medo só de
olhar. Na estrada encontramos uma moto com duas crianças e dois adultos
agarrados um no outro, sem capacete, claro.
Passamos
por seis postos do Exército, parávamos, pedíamos informações e seguíamos. Nosso
combustível estava acabando e não havia posto por perto. Às 10h40 paramos em
Guasipati, uma cidade segura, com posto de gasolina, onde passamos a noite.
Para encher as três caminhonetes gastamos B$7,00 (equivalente a cinquenta
centavos de real). Os bombeiros às vezes nem querem receber o dinheiro. A
cidade não tem internet.
Que bela aventura!!! Só que a viagem de barco, tinha me cagado toda kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirPois é. Teve gente que faltou pouco pra isso.
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