terça-feira, 15 de outubro de 2013

15/10/2013
De madrugada caiu um vento frio e acordamos com a chuva batendo no teto das nossas barracas.  Levantamos acampamento e seguimos para Porto Velho.
Almoçamos em Itapoã do Oeste.  Nuvens negras no céu davam a impressão de que iriam desabar em forma de chuva a qualquer momento. A chuva ia e vinha em intervalos, inesperadamente.
Chegamos a Porto Velho embaixo de chuva e vento. Compramos suprimentos para levar na expedição até Manaus.  Vamos passar a BR 319, onde não há civilização, num percurso de três dias de travessia.
Tomamos a balsa que atravessa o rio Madeira, o qual está na divisa dos Estados de Rondônia e Amazonas. Seguimos para Humaitá pela BR 319, que corta a floresta e onde raramente se encontra um indício de civilização como uma fazenda ou um posto policial.

Amanhã vamos fazer a esperada travessia pela BR 319 até Manaus.  Estamos equipados com box, chuveiro, vaso sanitário, duas geladeiras (a bateria) e comida para sobrevivermos nesses três dias com um mínimo de conforto. O percurso de hoje foi 730km.


14\10\2013
Saímos de Cáceres às 6h30 em direção a Porto Velho. O céu está nublado, carregado de nuvens cinzentas. A BR174 corta a floresta, que é interrompida em alguns pontos por fazendas de gado e plantações. A 50km de Vilhena, vimos duas antas atropeladas no acostamento.
Almoçamos em Vilhena (RD), num restaurante bom, sem moscas, o que é difícil nessas paragens. Continuamos nosso curso pela BR364 com intenção de chegar hoje a Porto Velho, mas paramos em Cacoal por volta das 15h para tomar um café e, conversando com a balconista, descobrimos que há um parque interessante para conhecer.  Chico, que já o conhecia, confirmou que valeria a pena ir até lá.  Mudamos de rumo. O calor nos ajudou a decidir por ficar no Selva Parque do município, com piscinas, lagos e local para acampar. Jantamos uma comidinha deliciosa aqui. Conseguimos percorrer somente 750km.


13\10\2013
Levantamos às 5h30 (horário local), tomamos café e desarmamos as barracas.  Às 6h30 partimos em direção a Vilhena, Rondônia.
Rodamos pela BR 163. Ao longo da estrada encontram-se animais atravessando e pássaros sobrevoando a rodovia. Extensas plantações de milho e cana estão na orla da estrada.
Às 11h cruzamos a divisa de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, passando pela ponte sobre o rio Correntes.
Almoçamos em Sonora.  As nuvens prenunciam chuva.  Animais como porco-do-mato, macacos, emas e tamanduás cruzam a rodovia rapidamente, assustados. Alguns são atropelados e ficam no acostamento servindo de comida para os abutres.
A paisagem é constante por centenas de quilômetros. Por volta das 13h30 a chuva cai e nos acompanha por mais ou menos meia hora.
No trecho do Complexo Internacional de Rondonópolis, os caminhões abarrotados de soja vão deixando cair grãos que vão se espalhando na beira do caminho. Um desperdício considerável.
Às 14h30 cai uma chuva forte por cerca de meia hora.  Descemos a serra em direção a Cuiabá com destino a Comodoro. Nesse percurso encontramos dois caminhões quase pegando fogo porque os motoristas não usaram freio motor.
Tivemos que passar por dentro da cidade de Cuiabá e pegamos muitos desvios até chegarmos à BR 070. Há obras por todos os lados em função dos preparativos da Copa do Mundo. Nessa confusão de trânsito acabamos conhecendo a construção do estádio novo de futebol.
Chegamos a Cáceres às 9h. Acomodamo-nos no posto onde havia vários caminhoneiros pernoitando. Rodamos 1060km hoje.




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