13/05/2012
Tomamos café e saímos do hotel em
direção à Costa Rica. Deixamos de conhecer muitos lugares interessantes no
Panamá devido ao tempo que perdemos em função da travessia do nosso carro.
Precisamos chegar à casa do Bruno logo (Punta Islita, Costa Rica), pois ele tem
viagem marcada com a família para os USA, no dia 16 de maio.
O trânsito na cidade de Panamá é
caótico. A falta de sinalização é absurda. Não existe indicação de nome de ruas nem placas
informando onde o turista está. Um brasileiro nos viu meio perdidos pedindo informação
a um policial, e se aproximou oferecendo ajuda, mapa e guia turístico em português.
Wagner, de Santos/SP, está morando no Panamá há 10 anos e trabalha com turismo.
Conversamos rapidamente, pois estávamos atordoados no meio do trânsito.
Passamos a puente de las Americas e seguimos para a Província de Chiriquí. À 1h da tarde a chuva começou
a cair e nos acompanhou (em determinados momentos intensa, com relâmpagos e trovões)
até chegarmos à cidade de David,
capital da Província, ao anoitecer. O
percurso até essa cidade é ladeado de vegetação, pequenas cidades e fazendas. Não
deu de apreciar a paisagem por causa da chuva.
12/05/2012
Tadeu saiu cedo para ir ao porto
pegar o carro. Quando chegou ao hotel,
por volta das 10h, estava feliz por ter conseguido sair do porto com o carro,
mas estava indignado com o despachante, pois além de ter que pagar a taxa de
U$62,00 do porto, surgiu mais uma de U$20,00 da aduana. E pior, o despachante
teve a cara-de-pau de pedir mais uma propina pelo serviço.
Pagamos o hotel, colocamos a
bagagem dentro do carro e fomos direto para o Canal do Panamá ver os barcos
passarem na eclusa de Gatum, que é a mais próxima de Colón. O canal opera com três
eclusas: Gatum, Pedro Miguel e Miraflores, as quais servem como
elevadores de águas que sobem os navios até o nível do lago Gatum (26m acima do
nível do mar) e os descem até o nível do mar do outro lado. É impressionante ver os navios enormes
chegando à primeira eclusa. Tem-se a impressão de que eles não cabem no canal.
Contam os panamenses que esse “atalho”
marítimo já era uma pretensão dos espanhóis quando chegaram ao istmo no início
do sec. XVI. Sua construção foi iniciada pelos franceses em 1880, que a
abandonaram devido a doenças tropicais e outros problemas que surgiram na época.
Em 1903 Panamá e Estados Unidos
negociaram a construção do canal, que levou 10 anos para ser concluída.
À tarde voltamos para o mesmo
hotel em que estávamos quando chegamos à cidade do Panamá. Largamos as bagagens
e fomos conhecer Casco Antiguo
(cidade antiga) com suas ruelas e edifícios coloniais com sacadas de ferro, que
lembram a cidade antiga que vimos em Cartagena. Visitamos a igreja de San José,
famosa pelo seu altar de ouro. Dizem que quando o pirata Morgan estava
saqueando e queimando a primeira cidade, um padre mandou pintar o altar de cor
negra para cobrir o ouro. A cidade antiga está sendo restaurada, e pode-se
passear pelas suas praças, visitar as igrejas, restaurantes, bares, condomínios
elegantes, galerias de arte e ruínas. É na cidade antiga que fica a residência
e o palácio presidencial.
Ouvimos uma banda passando ao
longe por uma das ruelas, bem como fogos de artifício estourando no ar. Fomos
caminhando rápido em direção ao local e nos deparamos com uma procissão: padres
vinham abrindo o cortejo, seguidos por uma banda e seis homens que carregavam
um santo negro num andor. Era gente que não acabava mais acompanhando a
procissão pelas ruas estreitas.
Observamos as tendas de
artesanato, sentamos na praça, encontramos um brasileiro que já está morando há
quatro anos no Panamá e batemos muitas fotos. Jantamos num restaurante acolhedor,
na parte térrea do charmoso Hotel de Panamá,
que hoje não funciona mais como hotel, é um edifício de apartamentos
residenciais.
11/05/2012
Acordamos cedo. Às 7h já
estávamos no táxi que nos levou até Colón. Chegamos ao porto, mas o barco ainda
não tinha chegado com o carro. Combinamos o pagamento de U$70,00 com o taxista para
nos levar até Colón, mas na hora de pagar, ele cobrou mais U$20,00 por ter
esperado a gente no porto. Pegamos um despachante para desembaraçar a papelada na
aduana. Ele disse que cobraria U$100,00, incluindo todas as taxas, mas depois surgiu
um seguro obrigatório do carro de U$23,00 e mais uma taxa de U$62,00 que deverá
ser paga na hora que o carro chegar. Hospedamo-nos num hotel, no centro de
Colón. E amanhã, se o barco chegar, não sabemos se haverá mais
surpresas a nossa espera.
O centro de Colón é um aglomerado
de edifícios feios, sujos e velhos, com exceção de alguns hotéis luxuosos e construções
residenciais mais afastadas da cidade. A zona franca é outro centro paralelo com
lojas, onde os turistas estrangeiros podem comprar mercadorias sem pagar
imposto. Passamos a tarde percorrendo as lojas da zona franca, mas não
compramos nada. Voltamos exaustos para o hotel. Não vemos a hora de terminar
toda essa complicação e voltarmos a curtir a nossa viagem.
10/05/2012
Levantamos cedo e fomos procurar
uma lanchonete para tomar café. O nosso hotel e a maioria das cafeterias vende
carne ensopada, carne assada, frango frito, linguiça, empanadas e tudo quanto é
tipo de comida, menos pão, no café da manhã. Só encontramos pão num
supermercado enorme, que servia emparedado
(sanduíche) de queijo, presunto etc. e café com leite. Já que estávamos lá dentro,
percorremos os quatro andares de mercadorias. Vendem desde artigos de papelaria
até bicicletas e acessórios para carro. Dá vontade de comprar tudo. Os preços
são ótimos.
Tivemos que pagar internet de
novo para saber se o carro tinha chegado, porque a do hotel ainda não funciona.
Ainda não temos notícias da chegada do barco.
Por volta do meio-dia começou a chover, e resolvemos ir ao shopping Multiplaza. A recepcionista do hotel telefonou para o shopping, e um motorista veio nos pegar
no hotel. É um serviço gratuito do shopping
(só ida, a volta é por conta do cliente).
Usamos a internet do shopping (4 dólares por hora) para
verificar se havia informação do barco, mas não havia nada. Telefonamos para a
nossa agência na Colômbia e disseram que o barco saiu hoje de Cartagena.
Esperamos que seja verdade.
09/05/2012
Tomamos café e fomos contar todos
os pesos colombianos que tínhamos para pagar o hotel e o táxi, uma vez que no
Panamá a moeda oficial é o balboa (mas
o dólar americano circula legalmente desde 1904). Às 9h30 fomos para o Aeroporto. Ligamos para
Andrés, e ele veio se despedir de nós no aeroporto.
Saímos de Cartagena à 1h27, uma
hora e cinco minutos de voo até la ciudad
de Panamá. A capital é uma cidade grande, moderna, com um milhão de
habitantes, ou seja, um terço da população do país vive na capital. No século
XVI era conhecida como la reina del
Pacífico devido à grande quantidade de ouro, prata e outras mercadorias que
transitavam para a Europa. Em 1671 foi saqueada e destruída pelo pirata Henry
Morgan. Três anos depois a cidade foi reerguida e protegida por muralhas,
fortes e fossos para evitar novos ataques. Atualmente essa é a ciudad antigua, declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Hoje o Panamá é mundialmente
conhecido pelo seu Canal, 80km de extensão, que liga o mar do Caribe ao oceano Pacífico.
No ano 2000 o canal do Panamá, que era controlado pelos norte-americanos,
passou para o domínio do Panamá.
Estamos acomodados no centro da
cidade, aguardando notícias do barco que chegará a Colón provavelmente amanhã.
A internet do hotel não funciona. Temos que pagar LAN house para nos
comunicarmos com Cartagena.